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Foto do escritorFernando Silvestre

Moluscos

Atualizado: 15 de set. de 2020



Este filo é extremamente diversificado, com mais de 100 mil espécies conhecidas, perdendo apenas para os Artrópodes neste quesito. A maioria vive no mar, no entanto há várias espécies de água doce e ainda mais de caracóis e lesmas que habitam a terra. Uma característica dos moluscos é ter o corpo mole, além disso para proteção secretam uma concha de carbonato de cálcio. As lulas, polvos e lesmas possuem uma concha interna reduzida ou a perderam completamente.


O principal da anatomia dos moluscos permanece-se similar, sendo formado de três principais estruturas: o pé muscular, responsável pelo movimento; a massa visceral contendo a maioria dos órgãos internos (os moluscos são celomados); e o manto, tecido que cobre a massa visceral e é responsável por secretar a concha quando presente. O manto também pode se estender em alguns casos para formar a cavidade do manto, uma câmara preenchida de água, que abriga as brânquias, o ânus e os poros excretores. Muitos também apresentam a rádula para raspar o alimento, seu formato pode variar dependendo do alimento, podendo se adaptar para penetrar em uma presa ou para raspar uma rocha.


Exemplos de rádula vistas em microscópio:


Quanto a reprodução deles, pode ser sexuada com as gônadas localizadas na massa visceral, há também muitos caracóis que são hermafroditas, e há também alguns moluscos marinhos que tem um estágio de larva ciliada.

Os moluscos se desenvolveram em oito clados principais, dentre estes abordaremos quatro:


Quítons: O corpo é de forma oval, e sua concha é segmentada em oito placas dorsais, são marinhos, e se alimentam usando as rádulas para raspar algas das rochas, as quais conseguem se prender muito bem graças ao pé que atua como ventosa.



Gastrópodes: Neste clado tem-se a maioria das espécies, que vive nos três possíveis ambientes mencionados, é aqui que se encontra os caracóis e lesmas. Eles se movem de maneira lenta, pois dependem de cílios ou de movimentos ondulados do pé. A maioria apresenta uma concha espiralada, para se defender dos predadores, sob a qual podem se reter como uma tartaruga, ou reter umidade dentre os que vivem em ambiente terrestre. Dentre os deste clado que são predadores, a rádula se adaptou para perfurar a concha de outros moluscos ou para despedaçar uma outra presa.


Bivalves:

Este clado é exclusivamente aquático, tem a concha divida em duas metades articuladas, que são fortemente mantidas unidas quando desejado por um grupo de músculos. Estes não possuem uma cabeça e normalmente tem vida sedentária pois alimentam-se de partículas em suspensão, que são absorvidas no muco das branquias que também serve para a respiração, e então levadas a boca. Membros notáveis são as ostras que criam as incríveis pérolas em torno de partículas invasoras como grãos de areias, e os mariscos que são capazes de se enterrar usando o pé e são comuns nas praias.


Cefalópodes:

Os cefalópodes são predadores, caçam e imobilizam as presas com seus tentáculos, mordem as vitimas e as paralisam com um veneno presente na saliva. O pé deles se modificou para um sifão muscular excurrente e parte dos tentáculos. Para rápida locomoção as lulas sugam água pelo manto e a disparam pelo sifão com alta pressão, mecanismo similar ao usado pelos polvos em fuga.

A massa visceral deles é coberta pelo manto, e a concha na maioria é interna e reduzida. Alguns polvos e sepsias tem concha ausente e um grupo ainda tem concha externa, os náutilos. Eles são os únicos Cefalópodes com sistema circulatório fechado, além de terem órgão sensoriais bem desenvolvidos e um complexo cérebro. Acredita-se que as lulas e polvos evoluíram de cefalópodes com concha, mas que ela se perdeu na evolução, os amonites, que tinham concha foram os predadores dominantes do mar a centenas de milhões de anos, e tinham conchas imensas.

O mais interessante é o mistério que envolve duas espécies, as lulas gigantes e as lulas colossais. Por viverem em ambientes extremamente profundos só foram descobertas recentemente, e as colossais estima-se que tenha comprimento máximo de 14 metros. A lula gigante já teve restos encontrados nos estômagos de cachalotes, mas estas apresentavam marcas de ventosas por todo o corpo indicando uma luta, são provavelmente os únicos predadores naturais da espécie.



Bibliografia:

CAMPBELL; N. REECE, J.B. e cols. 2010. Biologia. Porto Alegre, Artmed Ed. S.A.C

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