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Foto do escritorFernando Silvestre

Fisiologia Vegetal

Atualizado: 15 de set. de 2020


-Os macronutrientes são aqueles necessários em grandes quantidades. Dentre eles estão: o Potássio (regula a pressão osmótica nas células vegetais), o Nitrogênio (atua no processo de síntese de ácidos nucleicos e proteínas), o Cálcio (atua no processo de metabolismo das plantas), o Fósforo (entra na formação das moléculas de ácidos nucleicos e ATP), o Magnésio (importante componente da clorofila) e o Enxofre (atua na produção dos cloroplastos).


-Já os micronutrientes são aqueles necessários em pequenas quantidades para os vegetais, dentre os quais estão: o Manganês (atua na produção de cloroplastos), o Boro (atua na divisão das células vegetais e no transporte de açúcares), o

Zinco (atua na transcrição do DNA dos vegetais), o Ferro (importante no processo de fotossíntese), o Cobre (atua na fotossíntese e nos processos enzimáticos), o Molibdênio (atua, principalmente, na produção de aminoácidos) e o Cloro (importante, principalmente, no processo osmótico).


-A seiva bruta ou mineral é constituída pela água e sais minerais presentes no ambiente. Já a seiva elaborada é constituída por substâncias orgânicas produzidas pelas plantas no processo de fotossíntese. Os tecidos condutores são o xilema e o floema. Ambos percorrem todo o corpo da planta, formando um sistema contínuo de tecidos vasculares. As substâncias transportadas pelo xilema recebem o nome de seiva xilemática (ou seiva bruta), e as transportadas pelo floema constituem a seiva floemática (ou seiva elaborada). O xilema, também chamado de lenho, é o principal tecido condutor de água nas plantas vasculares.

Os vegetais que possuem vasos condutores, ou seja, são vascularizados, obtêm os nutrientes fundamentais para seus desenvolvimentos através do processo de absorção que ocorre devido aos pelos existentes nas raízes. A água e os sais minerais são absorvidos por eles graças a permeabilidade presente nas células epidérmicas.

Sabe-se que a seiva bruta é conduzida das raízes até as folhas, mas como podemos explicar como a água é transportada até as folhas? Existem três teoria para a condução da seiva bruta:

- Uma é chamada de Teoria da Transpiração-Coesão-Tensão ou Coesão-Tensão ou Teoria de Dixon ( a teoria mais aceita), onde fala que ocorre a absorção de água e sais ocorre na raiz, principalmente na região dos pelos absorventes. Os sais são absorvidos por meio do transporte ativo, e, como o interior das células fica hipertônico, ou seja, muito concentrado, a água entra por osmose. Células do parênquima, então, levam a água e os sais para o interior dos vasos para que sejam distribuídos por toda a planta. As moléculas de água ligam-se entre si pelas pontes de hidrogênio, criando uma rede dentro dos vasos. Quando ocorre a transpiração através das folhas, gera uma tensão em toda a seiva bruta por causa da coesão entre as moléculas, o que permite, assim, que a seiva bruta percorra grandes distâncias dentro da planta sem cessar sua subida.

- A outra teoria é a chamada de Capilaridade que contribui, mas não chega a explicar como ocorre realmente. Ela diz que as moléculas de água são capazes de subir espontaneamente em um tubo de pequeno calibre. Então ocorre adesão entre moléculas de água e o tubo e também ligações de hidrogênio entre as moléculas de água. Assim a água sobe até a força de adesão se igualar a força gravitacional. Porém o máximo que a água pode alcançar é meio metro de altura.

- A última teoria é a da Pressão positiva da raiz (que também contribui, mas não explica). Nela, o Transporte ativo de sais minerais para dentro do xilema (+). A Água penetra do solo para o xilema por osmose. Também há um problema: nem todas as plantas possuem esta característica.



Rotas de transporte (curta distância):


As plantas absorvem água e nutrientes nos pleos das raízes, após passar a epiderme então essas substâncias fazem um trajeto do córtex até o cilindro vascular. Existem três rotas ou vias que podem ser utilizadas neste percurso. Mas primeiro é importante conceituar apoplasto como conjunto das estruturas exteriores a membrana plasmática, como paredes celulares e espaços extracelulares. Há também o simplasto que está na massa das células interior as membranas plasmáticas, também é parte do simplasto o plasmodesmo, que une a região intracelular de uma célula com a outra por meio de canais citoplasmáticos. Sendo assim as substâncias podem percorrer a via simplástica, mas assim sendo necessário passar pela barreira seletiva que é a membrana plasmática, então indo de célula para a outra pelos plasmodesmos. Também tem a via apoplástica, no qual a rota é feita através do apoplasto. Ou ainda uma terceira rota no qual a substância passa por um caminho no qual não há plasmodesmo, oscilando entre apoplasto e simplasto e atravessando múltiplas membranas plásmaticas. Estas rotas não são mutuamente excludentes e uma mesma substância pode mudar de rota em seu percurso.


Estas rotas levam a Estria de Caspary, que controla a entrada de substâncias no cilindro vascular sendo então necessário estar no simplasto ou passar pela membrana plasmática da endoderme. Após isso o transporte ascendente da água e dos mineiras no cilindro é com o xilema.


Condução de seiva elaborada:

O tecido condutor dos vegetais que realiza o transporte da seiva elaborada é denominado floema, que transporta os nutrientes produzidos nas folhas para toda a planta. A teoria mais aceita para explicar esse processo é a Hipótese de Münch, elaborada por Ernst Münch em 1930. Isso ocorre através dos vasos liberianos, na maioria das vezes no sentido descendente. A água da seiva bruta que chega ao órgão de maior pressão osmótica penetra em seus vasos floemáticos por osmose, deslocando a seiva elaborada neles presente em direção ao órgão de menor pressão osmótica, que geralmente é a raiz


Fotossíntese vs Respiração Celular:

A fotossíntese e a respiração celular são ambos processos complexos, com várias diferenças. Para começar a fotossíntese é mais exclusiva, sendo realizada apenas por células especializadas que contém clorofila. Já a respiração celular não necessita de clorofila, é realizada em outra organela: a mitocôndria. A fotossíntese é um processo no qual certos compostos químicos absorvidos pela planta (gás carbônico, sais minerais e água) utilizando a energia vinda da luz são transformados em açúcar e oxigênio, o açúcar é a maneira de se armazenar energia que pode ser libera pelas células. A liberação desta energia ocorre por meio de um processo já citado, a respiração celular. A respiração celular pode ocorrer com ou sem oxigênio, mas utiliza o açúcar produzido na fotossíntese, obtido na cadeia alimentar, e ocorre na mitocôndria das células, e tem como produto gás carbônico. Analisando seus produtos pode-se ver que o produto de uma é o reagente da outra sendo assim reações inversas. Também é importante mencionar que os organismos que possuem a habilidade de realizar a fotossíntese e produzir seu próprio alimento também realizam respiração celular, sendo que o não usado é passado adiante quando são consumidas.


Ponto fótico:

A fotossíntese depende da luz para realização, assim quanto maior a luminosidade melhores as condições e maior a intensidade da fotossíntese. O ponto de compensação fótico é o ponto onde a quantidade de luz recebida pela planta é suficiente para realizar a fotossíntese na mesma intensidade que a respiração celular, e como na fotossíntese ela consome gás carbônico e libera oxigênio, e na respiração celular tem-se o inverso, ela consome o que produz e as trocas gasosas são nulas. Acima disso há maior produção da fotossíntese do que consumo na respiração celular, situação ideal para o crescimento da planta e acumulo de açúcar. Plantas adaptadas a lugares de baixa luminosidade tem o ponto fótico baixo para conseguirem crescer com baixa luminosidade. Grandes florestas como a amazônia tem poucas trocas, consumindo aproximadamente o que produzem, já as algas produzem mais do que consomem e são responsáveis pela maioria do oxigênio na atmosfera.


Hormônios Vegetais:

O desenvolvimento das plantas envolve processos como crescimento, floração, frutificação, entre outros, que acontecem continuamente e são processados pelos hormônios vegetais, os chamados fitormônios. Eles são produzidos em determinadas células e transportados para seus locais determinados.

Existem cinco grupos de hormônios que os efeitos sobre as plantas são conhecidos de forma mais explícita:

Auxinas

São um dos mais importantes fitormônios e estão diretamente ligadas ao crescimento da planta, facilitando o alongamento das paredes das células vegetais. A auxina mais comum é o ácido indolilacético (AIA). São sintetizadas nas folhas jovens e meristemas apicais dos caules e distribuídas para diversas partes da planta, como raízes, sementes em germinação, meristemas de cicatrização e frutos.

Entre as diversas funções, estão relacionadas com a queda das folhas velhas das árvores, desenvolvimento do ovário da flor na formação do fruto, dominância do ápice e fototropismo. As auxinas são bastante sensíveis à luz, migrando dentro da planta em direção oposta à sua incidência. Assim, permitem um maior crescimento da parte da planta que se encontra no lado escuro, fazendo com que ela crie uma curvatura em direção à luz (fototropismo positivo).


Giberelinas

Assim como as auxinas, estão presentes em meristemas, órgãos novos e sementes em germinação. Além disso, estão relacionadas com o crescimento da planta por meio da divisão e do alongamento celular e atuam também no desenvolvimento de flores e frutos e na quebra da dormência da semente, permitindo sua germinação.


Citocininas

Também estão relacionadas com o crescimento da planta, mas promovem esse crescimento por meio do estímulo das divisões celulares. Enquanto a auxina atua no crescimento apical da planta, inibindo o crescimento das gemas laterais, as citocinas atuam de forma oposta, provocando o aumento das células das folhas. As citocinas são sintetizadas principalmente nas raízes.


Etileno

Fitormônio gasoso produzido por diversas partes da planta, principalmente por frutos em processo de maturação, durante a senescência e abscisão foliar. Pode atuar na própria planta onde é produzido (endógeno) ou ser levado por fontes externas (exógeno). Entre as diversas funções, temos a maturação de frutos, estímulo da floração e indução da abscisão de folhas, flores e frutos.


Ácido abscísico (ABA)

Sintetizado por quase todas as células, é conhecido por inibidor, tendo papel importante para as plantas que passam por situações de estresse, como grandes períodos de seca. Inibem a ação de outros hormônios, impedindo, por exemplo, a germinação de sementes.



Bibliografia:

CAMPBELL; N. REECE, J.B. e cols. 2010. Biologia. Porto Alegre, Artmed Ed. S.A.C

https://www.infoescola.com/plantas/apoplasto-e-simplasto/


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