Os poríferos, mais conhecidos como esponjas, estão entre os animais mais simples, foram tomados como plantas pelos gregos pela sua simplicidade e semelhança com estes. As esponjas são animais filtradores, elas removem partículas da água ao seu redor quando ela atravessa seu corpo, indo parar em uma cavidade central chamada espongiocele e flui para fora na abertura do topo chamada de ósculo.
As esponjas, ao contrário da grande maioria dos animais, não possuem tecidos verdadeiros, porém apresentam vários tipos de diferentes células.
O Coanócito na esquerda é um exemplo, sendo a apomorfia das esponjas e extremamente importante. Os coanócitos possuem flagelos, que são responsáveis pelo fluxo de água que traz a água para a espongiocele através dos poros e a expulsa pelo ósculo. Da água drenada, particulas de alimentos e bactérias são retidas no muco do colar, depois são englobadas por fagocitose. Este alimento pode ser digerido ou transferido para o amebócito atrás.
O corpo da esponja é composto pela epiderme, a qual possui poros pelo qual a água entra devido ao fluxo dos coanócitos e chega a espongiocele, depois vai ao ósculo. A epiderme tem duas camadas de células, e no meio encontra-se o mesoílo que é uma camada gelatinosa. Os processos de troca gasosa e remoção de resíduos ocorrem diretamente por difusão das células da epiderme, pois ambas camadas estão em contato direto com a água. Há também os amebócitos, que recebem este nome devido aos pseudópodes. Os amebócitos se deslocam pelo mesoílo fagocitando alimento da água circulando e dos coanócitos, em seguida o digerem e levam os nutrientes as células restantes. Também são eles que produzem uma fibra esquelética rígida dentro do mesoílo, dependendo da esponja se tornando espículas, feitas de carbonato de cálcio ou sílica, que pode causar irritação na pele humana quando liberadas na água com a morte da esponja, ou também geram uma fibra mais flexível feita de uma proteína chamada espongina que pode ser usada como esponja de banho.
Os coanócitos devido ao seu aspecto singular com este colar ao redor do flagelo também serve de embasamento para uma teoria evolutiva dos animais, que diz que evoluímos de um ancestral parecido com um coanoflagelado, devido a semelhança das células destes com os coanócitos.
Quanto a reprodução, a maioria das esponjas é hermafrodita. A reprodução se da quando os espermatozoides de uma esponja atuando como macho são dispersos na corrente e chegam a uma esponja atuando como fêmea. Os zigotos se tornam larvas flageladas que procuram um substrato para se estabelecer.
As esponjas são importante para nós também na medicina, pois produzem diversos antibióticos e compostos defensivos que estão sendo estudados para combater doenças em nós. Um exemplo é um composto chamado de cribrostatina, que foi isolado de esponjas marinhas e foi capaz de matar células cancerígenas e bactérias Streptococcus resistentes a penicilina.
Bibliografia:
CAMPBELL; N. REECE, J.B. e cols. 2010. Biologia. Porto Alegre, Artmed Ed. S.A.C
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