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Foto do escritorFernando Silvestre

Taxonomia - Classificação dos seres vivos

Atualizado: 28 de jun. de 2020

Existem milhares de idiomas e ainda mais dialetos, como consequência, para as pessoas de cada linguagem, o termo para se referir a determinado ser vivo muda, e dentro da linguagem nas diversas regiões existem nomes-locais para certos seres. Isso seria um grande empecilho para os cientistas compartilharem seus conhecimentos com seus colegas, no mínimo confuso. Porém não é, graças a taxonomia, que determina os nomes dos organismos, respeitando critérios adotados mundialmente, e classifica-os baseados nas suas características e relações com outros organismos.


O interesse na classificação dos seres vivos é antigo, tem registros de sua presença na Grécia com Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), que já observava o ambiente e forma de reprodução de alguns organismos. Um de seus trabalhos dividia aqueles que possuíam sangue dos que não.


A taxonomia como se tem hoje, é em grande maioria legado de Lineu (1707-1778), que em 1735 escreveu "Systema naturae", obra na qual lançava a proposta de nomenclatura adotada até hoje, e as categorias sistemáticas estruturais: Reino, Classe, Ordem, Gênero e Espécie. Domínio, Filo e Família são adições posteriores para o modelo vigente.


Na base dentre as classificações se encontra a espécie, definida como um conjunto de indivíduos com características morfológicas semelhantes, vivendo em uma mesma área geográfica em um mesmo tempo, capazes de se reproduzir e gerar descendentes férteis e isolados reprodutivamente de outros grupos não semelhantes. As demais classificações se definem como conjuntos do táxon de baixo semelhantes.





Como exemplo podemos citar a nossa classificação como Homo sapiens sapiens:

Reino: Animalia Filo: Chordata Subfilo: Vertebrata

Infra-classe: Placentalia Classe: Mammalia Ordem: Primata Subordem: Antropoidea Família: Hominidae

Subfamília: Homininae Gênero: Homo Espécie: Homo sapiens Subespécie: Homo sapiens sapiens


Como podemos ver na imagem, conforme o nível desce, menos organismos são referentes ao táxon, e menor a diferença genética entre os que sobram, ou seja, maior semelhança. Entre os vegetais não se tem Filo e sim Divisão. É comum a subdivisão em Classe, Ordem e Espécie, assim podemos ter super e infra Classes ou Ordens e subespécies.


Lineu também propôs uma nomenclatura binomial, utilizada até os dias atuais. Tal nomenclatura consiste em um sistema simples, na qual para cada espécie é adotado um nome com duas palavras. A primeira, o epíteto genérico é o gênero do organismo, a segunda é o epíteto específico, que caracteriza a espécie, normalmente um adjetivo.Os nomes devem ser latinos, de origem latina ou latinizados. O nome do gênero tem a inicial maiúscula, o da espécie minúscula. Quando digitado, o nome científico deve estar em itálico, quando manuscrito sublinhado. Além disso é facultativo após o nome da espécie, colocar-se o nome do autor que primeiro descreveu a espécie, seguido de uma vírgula e a data em que foi descrito.


Como exemplo usaremos a nós mesmos novamente, o nome de nossa espécie é Homo sapiens.


Bibliografia:

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